Mundos insolúveis

O vencedor não está só
O vencedor nunca mais estará só!

A inspiração é como uma ave
Uma fênix que renasce
Que ressurge e lança seu suspiro
Seu refrescante e suave sopro
Sobre os mortais
Que sonham em se tornar semi-Deuses

A prepotência humana
Se encerra num dia longo
Normalmente chuvoso
Como o de São José

Elegemos nossos ideais
E nos tornamos prepotentes
À medida que eles crescem
À medida que eles se realizam
Enquanto nosso ego infla

Ter foco
Essa é a minha verdade
Que não é a absoluta
Mas que me pertence
Que me distingue

Não posso
Não devo
Não quero
Subordina-lo a minha vontade
Mas meu egoísmo
Meu individualismo
Me levam a escolhas escrotas
Que reprovo
Á medida que o tempo passa
Que a fruta ganha cor e sabor
De dentro para fora
Amadurece a polpa
Torna os dias mais doces
Torna o tempo menos irritante
Torna a esperança mais agradável

Me indigno com o mundo
Com as pessoas
Comigo
Mas nunca perco o foco
Porque meu foco é certo
É generoso
È amável
È correto
È digno
È humilde, portanto soberano
Me ensina
Me afaga
Me fortalece
Me faz feliz
Traz a mim suas imitações
Que em sua torta perfeição
Me mostram o caminho da luz

...

Meu Senhor e meu Deus!

...

Nossos anjos
Nunca os demônios
As sobrancelhas grossas
Que contornam o céu alaranjado
Na prova maior que a ressurreição existe
Que a mudança é possível
Que não estamos no fim

Somos complexos
Mas só encontramos sentido
Em nossos labirintos
Quando almejamos a porta mais simples
A dobradura mais humilde
A chave nunca antes buscada

Pois acima de tudo
O vencedor nunca está só
O vencedor nunca mais retornará a solidão!

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"As profundezas de um mar
Engolem continentes
As estranhezas da alma
Devoram homens
Mundos são destruídos
Mas a corrente vital permanece
E ressuscita
Se disseminando"(...)

Angélica Cristina