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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Poeta Pensador

Vejo o céu em uma cor cinzenta, um pranto de tristeza, chorando. Pergunto-me todos os dias até onde chegarei. Minhas perguntas não chegam a lugar algum, minha cabeça é confusa. Optei em escrever sentimentos, expor pensamentos através da ponta do lápis. Movimentos sincronizados, mãos e cérebro, uma única união. Já a mim, um poeta que escreve a solidão e seu solitário, por achar conveniente expressar sentimentos que os seres não conseguem escapar tão fácil. Um método doloroso e de extrema cautela, pois sentimentos são sentimentos. Desenvolvo a maior terapia para o desespero e seus abstratos, a escrita. Por esses e outros motivos escrevo, pois me imagino longe do que é real. Escrevo pensando em viver um outro mundo, um outro plano, uma outra vida. Pensamentos que castigam mentes, vindos apenas para tortura. A imaginação toma conta e torna-se cenário. Um pôr-do-sol me lembra finais felizes, mais na verdade é a morte de mais um dia para renascê-lo de outro indecifrável. Escrevo, pois não consigo parar. Meus pensamentos têm a mesma movimentação terrestre, é uma constante translação entre a terra. Giro em torno de algo que não sei o que, mais sei que giro. E aqui, mais uma vez confuso e perdido no abismo do tempo, sem definição e discernimento do acontecimento fico a escrever mais um pensamento, no alento poético, sinto-me mais um.




de W.Monteiro

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