Via-me ali, na Rua Bons Ventos me Sopram, onde minha infância se tornou mágica, digna de um coelho na cartola. Onde sorrisos ecoavam a distantes quilômetros, e que todos desejariam nunca crescer. Gostar-mos-ia de continuar na infância onde responsabilidades e maturidade não pudessem alcançá-los, longe de qualquer realidade e bem próximo da fantasia contínua em nossos corações e nossas mentes. Mas cada dia que se passava sentia-mos distantes da mais pura fantasia e chocava-mos em meio a realidade inevitável de nossas vidas. Aos poucos, a infância tornara um passado digno de estórias prazerosas, e então via ali a Rua Bons Ventos me Sopram, soprando o passado e com ele todas as coisas boas para um longe além da imaginação, e assim dando um fim ao que era fantástico, e o destino de um futuro maduro e de aprendizado que logo se tornará passado como as fantasias passadas.
W.Monteiro
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