Total de visualizações de página

domingo, 7 de março de 2010

Era uma vez um amor

Garçom me mande mais um drink. Hoje espantarei essa dor de uma vez. Garçom sente-se aqui comigo. Contarei-lhe uma estória de uma mulher ingrata, que um dia levou meu coração e nunca mais voltou. Sei que sempre escuta estórias de bêbados loucos sobre mulheres desalmadas. Mas minha estória é diferente. Ela foi assassina, matou os únicos sentimentos que me restava. A única arma contra a minha solidão, a minha forma de viver. Eu poderia estar em minha casa chorando, mais resolvi achar algum ombro amigo para me consolar. Foi em uma tarde de outono. Ela estava linda, foi amor à primeira vista. Chamei pra sair, um encontro que foi perfeito, e que nos apaixonamos lá mesmo. Fizemos juras de amor, dizíamos ser para todo o sempre. Um belo dia lhe pedi em casamento, ela chorando de alegria aceitou com êxito. Foi o dia mais feliz da minha vida. Fizemos todos os preparativos, convidamos o mundo a ser testemunha do maior amor que todos já viram entre um homem e uma mulher. A imensa igreja lotada de pessoas ansiosas para a mais bela celebração. Eu ali aflito e nervoso, pois mal via à hora de me casar com a pessoa que mais amo. Ela estava atrasada. Típico de uma noiva. Mais entra na porta da igreja um senhor e vem em minha direção me entregando uma carta. Lendo a carta, comecei a chorar, pois dizia que ela estava partindo, e que não poderia se casar. Naquele instante, me ajoelhei diante o altar e indagava a mim mesmo o porquê.Enganado por um coração leviano.Desde então garçom, estou de bar em bar, pois marquei um encontro com a solidão, que pelo visto não se atrasa, sempre é pontual.Hoje só ela me resta, pois levaram o que me restou.Se um dia fui um homem com esperanças hoje sou um de solidão.
de W.Monteiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário