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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Viver

Como toda criança, o que eu mais queria era ter uma infância. Correr, brincar, ser livre, poder viver os momentos mágicos, mas o destino não tinha me reservado isso. Na adolescência, só gostaria de ter amigos que não me deixasse sozinho, que sempre estariam comigo em todos os momentos. Apenas um amor platônico, para poder sofrer, ou pelo menos saber a essência da dor, mas isso não foi proporcionado a mim. Desde então cresci sem ter um terço da minha vida, faltando uma parte de mim. Hoje vivo a praticamente vagar, aos olhos das pessoas em minha volta, sou uma pessoa normal, mais aos meus olhos, me sinto sempre triste. Minha alma esta sentada em meia escuridão plena dentro de mim, encolhida com medo de sempre ter quer ficar ali se escondendo de tudo e de todos. Ficarei sempre assim, na esperança de um dia ser feliz? Como pode um ser não conhecer seus próprios princípios, ou até mesmo o seu fim? Não sei ainda mais é estranho. Sinto-me um fantasma, às vezes não pareço ter alma, e ao mesmo tempo não pareço ser humano. Vivo a me perguntar, se algum dia terei respostas para tantas perguntas, ou viverei atrás de respostas que não existem?Ao anoitecer, fico a exaltar a lua, com seu brilho e seu toque frio em meu rosto, passando a noite em claro e sempre lhe fazendo as mesmas perguntas sempre que a vejo. Creio que posso chegar a uma conclusão de que viverei sempre em busca de respostas que nunca estarão ao meu alcance, e que todo ser humano deve viver da forma que lhe foi concebida.
de W.Monteiro

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